Hoje quero falar sobre o seu primeiro beijo, o meu primeiro beijo e o da(o) sua(o) filha(o). São três momentos inesquecíveis, e parece loucara também falar que são três momentos, quando pensamos que tratam-se do mesmo assunto. Podemos dizer que são o mesmo momento, mas são diferentes, pode acreditar.
O seu primeiro beijo, foi seu momento, o meu, único, e o da(o) sua(o) filha(o) só ela(o) mesmo pra dizer. Cada um tem seu dia, sua hora, seu lugar, a mágica é diferente, pode até não ser muito "mágico", pode ser uma "magia negra", aquela que você não quer nunca mais lembrar.
Infelizmente eu me lembro, como se fosse hoje. Nossa, que lástima, que tragédia. Ninguém havia me falado como era dar um beijo, o que eu deveria fazer, ou mesmo onde colocar minhas mãos, sei lá. Eu apenas beijei, um garoto bonitinho da turma da esquina.Pena que ele era apenas bonitinho, isso mesmo, porque o beijo, esquece.
E o seu primeiro beijo, você se lembra? Pois lembre-se, faz bem, tanto para recordar, como para que você reflita o quanto torna-se importante o diálogo em família, entre pais e filhos.
Nós temos o péssimo hábito de parar de conversar com nossos filhos quando estes chegam na adolescência, no momento em que eles mais precisam falar e serem ouvidos.
Há quem diga que eles não querem ser e não são nossos amigos, que eles não querem falar sobre nada e ninguém, principalmente com quem pode ser seu maior punidor, mas isso chega a ser uma inverdade.
Augusto Cury, em seu livro "Pais brilhantes, professores fascinantes", diz que "bons pais conversam, pais brilhantes dialogam como amigos, que este hábito dos pais brilhantes contribui para desenvolver solidariedade, companheirismo, prazer de viver, otimismo, inteligência interpessoal"(2003, p.42)
Aproveite então o momento, converse com seu filho(a), mesmo que seja sobre um assunto sem muito conteúdo, as vezes falar bobagem também é bom, ou que seja sobre algum episódio do seu dia, ou do dele, mostre a seu filho(a) que você é uma pessoal comum e que ele(a) pode também falar sobre suas coisas, sobre seus acontecimentos, seus medos, desejos, angústias e raivas. Conte a ele sua adolescência, tire a roupagem de pais e vista o de companheiro e amigo, deixe-o sentir igual a você, isto certamente os tornarão mais próximos.
Então, falar sobre o primeiro beijo foi só um exemplo que quis usar para mostrar o quanto nossos filhos precisam de nós, mostrar que fomos e somos iguais, que passamos pelas mesmas experiências e que isso torna possível que auxiliemos na formação de nossos adolescentes. Um grande abraço e até o próximo assunto.
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